A Ana é bióloga, pós doutoranda em botânica aplicada, docente no magistério superior na UEMG-Divinópolis.
Ano passado fez uma palestra para seus alunos e eu fiquei bem curiosa de como o tema de quebra-cabeça poderia chegar até uma turma de faculdade e resolvi trazer essa história aqui para o blog.
Então bora conhecer mais sobre essa pecinha chamada Ana Carolina Duarte!
Como começou a gostar de quebra-cabeça?
A montagem de quebra cabeça iniciou no natal de 2007, com um presente de natal. Um quebra-cabeça de 3.000 peças foi comprado por meu pai para a família. No início eles até tentaram…Alguns meses depois, resolvi que eu terminaria a tarefa sozinha (tarefa esta que demorou 2 anos). Morava fora, então não dedicava a montagem com frequência e a escolha de um primeiro quebra cabeça grande não foi boa ideia. Finalizada enfim a primeira experiência, comecei a buscar outros modelos e adquirindo mais caixas. Desde então, foram mais de 200 quebra cabeças já montados e em sua maioria, colados e guardados. Atualmente, a coleção conta com quebra-cabeças variados em número de peças, formatos e materiais.
Você me comentou sobre uma palestra que deu com o tema de quebra-cabeça. Como foi essa experiência. Poderia nos contar um pouco do que falou?
Durante uma semana de eventos de cunho extensionista, propus uma oficina de quebra-cabeças intitulada:
Quebra-cabeça: exercício da mente e o trabalho em grupo.
Na ocasião, falei sobre a história do quebra-cabeça, tipos, curiosidade, seus benefícios, montagem colaborativa, dicas de montagem e finalizando com a montagem de alguns quebra-cabeças. Pretendo difundir e repetir a experiência.
Por que quis falar sobre esse assunto?
A pressão sobre a comunidade acadêmica é cada dia maior. Estamos sempre exaustos e com milhares de demandas urgentes. Para mim, a montagem é um descanso para o cérebro. A primeira reação que todos têm é: “como você consegue? Eu não tenho paciência!” Minha resposta: “eu nunca tive paciência na vida, esta é minha terapia”. Levando o minicurso para outras pessoas na universidade, talvez pudesse ajuda-las a ter outra forma de “não surtar” e preservarem sua saúde mental, que já anda bem escassa por aqui.
A gente te acompanha nas redes sociais e vimos seu amor pelos quebra-cabeças. Quais são as sensações ou emoções que te fazem sentir durante o processo, desde a escolha da imagem até a finalização?
Geralmente escolho temas “de biólogo”, mas sou bem eclética (se estiver em promoção então…). Gosto da sensação de dever cumprido. Sempre fui muito determinada e vi nos quebra-cabeças novas metas. Minha meta é sempre terminar um quebra cabeça, assim como nas outras áreas da vida. Além disso ser viciante.
Você tem alguma dica que acha importante dividir com quem está iniciando nas montagens dos quebra-cabeças?
A dica é não cometer o mesmo erro que eu em iniciar com um big! A maioria desiste aí… Iniciar com quebra cabeças de 500 peças e com cores bem definidas e a partir daí, aumentar a complexidade. Sempre que possível, iniciar pelas bordas, separar peças por cores e montar primeiro os objetos de mais fácil reconhecimento. Sempre que se ver “sem saída ou sem rendimento” re-separar as peças e mudar de estratégia.
Agora jogo rápido! Responda em uma palavra!
Você já desistiu de montar algum quebra-cabeça? Jamais
Você gosta de montar sozinha ou com outras pessoas? Sozinha
No processo de montagem o que você mais gosta? Terminar E o que menos gosta? Céu
Quais os quebra-cabeças da Puzzle Me você já montou? 5
OBS: ganhei o 1° de aniversário da minha tia. Conheci e já fui logo pegar todos os temas botânicos lindos pra coleção.
Ana, obrigada por compartilhar com a gente um pouco da sua história! Deixe aqui seu recado para a Ana!
Excelente entrevista. Parabéns Ana Carolina!